Vai! Vai e sê feliz!

Mudar de vida não é fácil. Primeiro temos que assumir para connosco que a nossa rotina, a nossa realidade, o nosso local de conforto não nos é suficiente, não nos faz feliz. Como assumir isto? Como mediar a relação entre o que tenho, o que quero e o que é para mim? Um local de conforto é algo a que damos nome. Por norma, até lhe acrescentamos o pronome "meu/minha". Como deixar o que é "meu" para ir viver o que não conheço? A rotina ajuda-nos a deixar-nos mentir. Mentimos acima de tudo a nós mesmos quando acreditamos que vai ficar tudo bem, que aquele vazio vai passar, que é tudo da nossa cabeça, que o que sentimos é apenas e somente fruto de alguma carência afectiva mal resolvida, enfim... um mar de desculpas e definições que usamos quando pensar sobre a vida que temos é o que nos resta. Mas e quando percebemos que nos mentimos? Quando percebemos que afinal não estamos bem onde estávamos e que precisamos de algo diferente, algo desconhecido, algo que nos crie curiosidade, nos dê sonhos e vida. Quando percebemos que nos enganámos, como agir? E para além de nós que é feito dos outros, uma vez que não vivemos sós numa bolha?! São tantas as perguntas e tão poucas as respostas concisas. É fácil voltarmos a nos enganar. Voltar à bola de neve do "tudo vai ficar bem", "é só uma fase", "é da tua cabeça", "pára de ser carente", "há vidas tão mais difíceis, a minha rotina é desejada por tanta gente e aqui estou eu, a queixar-me! Oh eterno insatisfeito!"... A única resposta que tenho para tudo isto e que realmente ajudou foi "muda!". Muda! Se não estás bem, se não te sentes completo, se não te compreendes, se não te chega, MUDA! Vai doer? Sim! Vai doer muito. E provavelmente haverão efeitos colaterais. Mas nada é pior que continuares a mentir a ti próprio. Muda! Vai à luta! Agarra o tempo, pára de ansiar controlar a vida e arrisca! Deixa de lado o certo e troca-o pelo incerto se isso te dá uma maior possibilidade de seres feliz. Se pode correr mal? Pode. Como tudo. Mas e se correr bem? Se realmente conquistares aquilo que desejaste? Se verdadeiramente te reencontrares? Ou se, simplesmente ficares um passo mais perto de ti e do que é para ti? Será que, mesmo assim, não terá valido a pena? Arrisca! Muda! Vai! E jamais olhes para trás. A vida é tua e os sonhos são o que nos mantêm vivos. É a tua essência que te vai permitir conquistá-los. Não duvides. Confia. Fecha os olhos. Respira fundo. Vai! Vai com confiança. Vai com um sorriso. E confia. A vida tem sempre uma forma de colocar tudo no devido lugar. “Não faças planos para a vida, que podes estragar os planos que a vida tem para ti.” Agostinho da Silva Com amor, Ines xx

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