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As fragilidades tornam as pessoas mais bonitas

  • Foto do escritor: Ines P Antunes
    Ines P Antunes
  • 10 de fev. de 2017
  • 2 min de leitura

As fragilidades tornam as pessoas mais bonitas. Não no sei exterior. Francamente a visão da fragilidade por norma, não transmite qualquer conforto a nível de estética, mas traz consigo o poder de sentir o outro. As fragilidades, ou a demonstração delas, tornam-nos mais humanos. Humanos, esses bichos, essas criaturas que, por terem capacidade lógica, acreditam que as emoções são para guardar na gaveta, bem lá no fundo, para que só nos lembremos delas quando não há nada mais para usar. Não há ser no mundo que anule mais as suas fragilidades que o ser humano. Ridículos, vestimos a capa dos super-poderosos e esquecemo-nos que está na nossa natureza o sentir.

As fragilidades tornam as pessoas mais bonitas.

No outro dia alguém dizia "Empatia?! Então empatia é simpatia". Quem estuda(ou) Ciências Sociais sabe bem que esta ideia de simpatia ser empatia se encontra aliada à alienada forma de pensar e falar sobre o nosso olhar sobre o outro. Pode haver simpatia sem empatia alguma, mas poderá haver empatia sem simpatia? Do latim sympathia refere-se «a um sentimento de solidariedade, de boa disposição e empenho para com os outros, que provoca uma boa impressão e uma disposição favorável, bem como apreço e admiração» enquanto que, «a palavra empatia tem sua origem na palavra grega empátheia, e refere-se a uma aptidão para se identificar com os outros, se colocando no lugar da outra pessoa, compreendendo seus sentimentos e modo de ser. Significa também a capacidade de compreender uma obra de arte ou outro objecto estética e emocionalmente. Por fim, no âmbito das relações interpessoais refere-se [ainda] à capacidade de se ver como os outros o vêem e de ver os outros como eles mesmos se vêem» (https://duvidas.dicio.com.br).

É-nos mais fácil ver o outro nas suas fragilidades. Porque aí somos verdadeiros. Somos apenas o que somos, sem máscaras, sem coberturas, sem julgamentos. E é aí, nessas fragilidades, que todos nos reconhecemos.

As fragilidades tornam as pessoas mais bonitas.

É nas fragilidades que entendemos que, afinal, não somos assim tão diferentes uns dos outros; nas fragilidades somos, somente, seres. Reagimos às mesmas de formas diferentes: uns rezam, outros riem, outros choram, outros fogem... Mas na base, todos as sofremos. Todos reconhecemos aquela dor.

As fragilidades tornam as pessoas mais bonitas.

O ser, por ser, é mais bonito do que qualquer ambição de fuga.

As fragilidades mostram a nossa alma, de forma crua.

São as fragilidades que nos tornam mais humanos.

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    © 2016 por Ines P. Antunes, autora do blog "Era Uma Vez, Uma Ines"

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