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Vou de Viagem

  • Foto do escritor: Ines P Antunes
    Ines P Antunes
  • 19 de jul. de 2016
  • 2 min de leitura

Vou de viagem. Vou, mas volto. Ou volto, mas vou. Não sei muito bem como explicar o que sinto. Vou a Portugal, vou ao meu país. Por isso deveria dizer que vou voltar a prazo, ao estilo de produto fantástico de vendas: "Regresso por tempo limitado. Agarra já o teu!" Voltar por tempo limitado tem o seu lado bom: num curto espaço de tempo consegues ver tanta gente que nem acreditas como tão pouco tempo dá para tudo, ou quase tudo. Ao mesmo tempo, anseia-se sempre a resposta pelo regresso definitivo ou, pelo menos, um regresso mais continuado. O tempo parece, por vezes, demasiado limitado para fazer sentir que chegámos. A verdade é que o tempo passa à velocidade do ritmo do nosso coração. E quando estou no meu país, no meu mundo, no meu habitat natural, o meu coração vibra a cada segundo. Já no meu habitat secundário, para o qual me transportei, o tempo passa limitado pela falta do quente: o sol, a vitamina D, a serótonina natural, o amor de quem me é próximo. Há quem seja bom a mudar de habitat. Há quem seja urso polar e consiga mudar para o deserto. E há quem seja livre o suficiente para ouvir o seu corpo e viver de acordo com as batidas do seu coração. 'Vai onde te leva o coração', diz o meu enquanto anseia sonhos e viagens de ante-mão. Ouve o teu coração e deixa que o teu corpo siga o seu caminho, naturalmente, pois ele sabe onde ir - afinal, somos naturalmente nómadas; apenas vivemos no engano da civilização que criámos, achando que podemos viver dependentes das mesmas pessoas, das mesmas rotinas, dos mesmos lugares. Vou de viagem. Não sei se vou, se volto... Mas viajo, até ao dia em que o meu coração resolva assentar. Com Amor, Ines xx

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    © 2016 por Ines P. Antunes, autora do blog "Era Uma Vez, Uma Ines"

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