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Talentos

  • Foto do escritor: Ines P Antunes
    Ines P Antunes
  • 2 de jul. de 2016
  • 2 min de leitura

Sei que não escrevo há mais de um mês. Também sei que gostava de escrever mais mas confesso que o tempo nem sempre nos dá o tempo que gostaríamos. Hoje, ouvi alguém falar de talentos. O quanto tempo algumas pessoas perdem desdenhando os talentos dos outros, acabando elas por viver na eterna tristeza de não se reconhecerem talento algum. Não sou reconhecida por nenhum talento mas a vida ensinou-me desde cedo que tenho muitos. Quanto mais acredito na vida, mais talentos a vida me dá. Desde pequena sempre fui boa comunicadora. Nasci com curiosidade de conhecer o mundo inteiro. Nunca acreditei em máscaras mas sempre quis ver para lá do que cada um mostrava ser. Sempre convivi com todo o tipo de gente, dos mais pobres aos mais ricos (e não estou aqui a falar de dinheiro). Desde cedo que os meus pais sabem como gosto de cantar (e orgulham-se de que canto bem). A criatividade e o pensamento critico nunca foram problema: sempre defendi aquilo em que acredito e sempre arranjei novas formas de me reinventar. Nas minhas brincadeiras de infância fui tudo: pintora (usando uma boina verde, o meu kit de aguarelas e um quadro de pintar), cantora (com o rádio a tocar e um mar de público a dançar comigo), bailarina (com espectáculos que nem sempre tinham a melhor hora para acontecer - como, por exemplo, antes do almoço... o que uma vez levou o meu pai às aranhas), escritora (uma brincadeira um pouco mais séria pois ganhei, inclusive, o 1º Lugar num concurso de Poesia promovido pela Escola Básica Almeida Garrett, em Alfragide, quando frequentei o meu 5º ano), mãe (a cada nenuco que alimentava... mal sabia eu que ao crescer ia alimentar tantos outros bebés e crianças no meu trabalho como educadora), secretária (com um telefone avariado, uma agenda velha e uma calculadora onde eu registava todos os eventos futuros), ilustradora (usando o paint para oferecer quadros que decoraram durante muitos anos a clínica dentária da minha madrinha), a cima de tudo a vida conferiu-me o talento de sonhar. Sonhar é de graça, talentos são todas as coisas que fazemos bem e com amor, viver é ter novos sonhos todos os dias, sem nunca esquecer aqueles que já tínhamos quando Brincávamos em crianças.

Ás vezes tropeçamos... E é nessas alturas que questionamos o poder dos nossos talentos. Depois vem o poder dos nossos sonhos (a que os adultos entendidos chamam de resiliência) e reinventamo-nos novamente. E quando voltamos a acreditar nos nossos talentos, eles estão ainda mais apurados que antes de termos tropeçado.

Esta é a verdade sobre talentos. São nossos.

São eternos desde que saibamos cuidar deles.

Eu, sou uma menina de 25 anos, sonhadora e criativa, com uma mão cheia de talentos descobertos e uma outra cheia de talentos por descobrir.

O meu maior talento?

Talvez a minha capacidade de sonhar.

É essa capacidade que me permite reinventar-me sempre que tropeço.

Desde cedo sei, e cada vez estou mais certa disso, que tenho muito a dar a este mundo. A vida, como vos disse, deu-me muitos talentos. E eu, não me esqueço de nenhum.

Com Amor, Ines xx

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    © 2016 por Ines P. Antunes, autora do blog "Era Uma Vez, Uma Ines"

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