Quem vê cravos, não vê corações!
- Ines P Antunes
- 25 de abr. de 2016
- 2 min de leitura

| Imagem de I-Lustre Atelier |
25 de Abril. Dia em que se canta a liberdade. Dia em que toda a gente sai à rua impregnando um cravo vermelho ao peito.
Pergunto-me quantos destes libertinos alguma vez ousaram plantar um cravo - dá trabalho, mas são lindos aqueles que crescem plantados com amor. A liberdade é um sentimento, de alguma forma, semelhante ao de quem anseia, com amor, pelo crescimento do seu cravo.
Vejamos: Não é livre quem ama, é livre quem sabe amar. Não é livre quem canta, é livre quem não se importa quem está a ouvir. Não é livre quem pensa, livre é quem sonha e concretiza. Livre não é quem sabe, livre é quem se orgulha de não tudo saber. Há muito mais sobre a liberdade do que um dia pode contar. 25 de Abril é data histórica, é data de orgulho civil. É data que deve ser sempre lembrada e celebrada mas é também data para por a mão na consciência e analisar a liberdade dos nossos dias.
Vivemos numa sociedade livre? Somos tão livres quanto os nossos sonhos ou vivemos aprisionados na ambição de vir a ser o que um dia sonhámos? Existe alguém totalmente livre? Ou todos nós temos amarras, mais que não seja a prisão terrena de viver dependendo de um corpo material que, quer gostemos ou não, é de carne e osso? Somos livres de ser quem somos sem termos que ser etiquetados? Somos livres de comer o que queremos sem nos questionarem o prato? Somos livres de cantar no chuveiro sem o vizinho um dia desabafar que àquela hora não lhe dava jeito? Somos livres de saber que um dia viveremos uma vida diferente daquela que é hoje marcada pela prisão rotineira dos dias? Até que ponto és livre? Até que ponto te elevas ao máximo potencial de liberdade que podes alcançar? Até que ponto permites a tua liberdade individual e até que ponto aceitas a liberdade individual do outro? Seremos, mesmo, livres? Viva a Liberdade! 25 de Abril, sempre!
Viva a vida, que cedo me ensinou que Quem vê cravos, não vê corações!
Com Amor,
Ines
xx
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