Era uma vez... uma Barbie

Era uma vez uma linda boneca nascida no final dos anos 50. Elegante, de pele clara, com lindos cabelos louros e marcantes olhos azuis. Era uma vez uma boneca, com mais de 60 anos, que passou de geração em geração transmitindo sorrisos, sonhos, estórias de encantar e vivendo mil e uma profissões. Era uma vez uma menina. Uma menina que, como tantas outras meninas, preencheu a sua infância a brincar com a linda boneca. Boneca que, já havia evoluído, e agora existia também com uma linda tez negra chocolate ou com pele clara, cabelos e olhos castanhos. Era uma vez uma menina que adorava as suas bonecas elegantes, de pele clara, com lindos cabelos louros e marcantes olhos azuis. Essa menina, que sonhou também ela ter mil e uma profissões, desenhou em várias folhas de papel, os mais variados vestidos, pijamas e malhas para a(s) sua(s) boneca(s) elegante(s), com lindos cabelos louros e marcantes olhos azuis. Era uma vez uma avó, que com um talento maravilhoso para as costura, qual fada das agulhas, elaborava, com paciência, os lindos vestidos, pijamas e malhas que a sua neta desenhava. E lá vestiamos a boneca elegante, de pele clara, longos cabelos louros e marcantes olhos azuis. Era uma vez uma boneca elegante, de pele clara, de longos cabelos louros e marcantes olhos azuis. Essa boneca podia ser de todas as formas e feitios - para a menina não importava. O que importava eram as estórias que para ela criava, as roupas que idealizava, a paciência da avó, fada da agulha, que compunha meticulosamente a pauta de um novo vestido de 20 centímetros. Era uma vez, uma história de amor de avó e neta. Era uma vez... Uma Barbie, que passados 60 anos resolveu adaptar-se à sociedade global que não vive sem definições quadradas. Uma Barbie que agora tem 4 novos tipos de corpo, 7 novos tons de pele, 22 novas cores de olhos e 24 novos penteados. Era uma vez... uma Barbie, a mesma que há mais de 50 anos fazia parte do imaginário infantil. Hoje, com 60 anos, essa Barbie passam a ser outras mil - não pelas crianças, mas pelos adultos que acreditam que a Barbie afinal, era um modelo de beleza a seguir. E eu que acreditava no "era uma vez...". Com Amor, Ines

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